quarta-feira, 29 de junho de 2011

A BELEZA IMATERIAL, IDENTIDADE DO POVO


O patrimônio cultural imaterial tem uma marca especial na identidade do povo, pois a sua união com o material permite unir o objeto com o fazer, é como o doce casadinho a união do branco com o preto é que faz a delícia que é o doce, assim também é a identidade imaterial unida ao material, é que se dá a essência e beleza do patrimônio.
A beleza encontrada na cultura das taieiras, com seus vestidos rodados e seus significados, unido a dança e o cantar, mostra o quanto é importante se defender um patrimônio deste tipo, cujo mostra a identidade cultural do povo de uma região e seu jeito de se produzir cultura.
Já a quadrilha junina também com seu encanto musical e vestuário exuberante, reflete a beleza que a combinação de ambos pode apresentar, sem falar que as pessoas que estão assistindo são contagiadas pela animação e pelo significado que aquela apresentação quer passar. Toda vez que assisto à uma apresentação de quadrilha junina, fico encantada com os detalhes das roupas, chega meus olhos brilham com tamanha beleza, frente a preocupação que se teve em pensar em cada detalhe da produção.
A cultura imaterial possui um encanto especial, e sua beleza é manifestada através das culturas populares e os seus significados são passados para a população, que cria, recria e aperfeiçoa a cultura a sua identidade.  
 Edla Tuane
Aluna do Curso de Licenciatura em História da UFS

A MOVIMENTAÇÃO DO IMATERIAL

Os saberes e fazeres de uma comunidade estão inclusos na classificação de Patrimônio Cultural Imaterial, dede que lhe traga significados. Como é o caso da “Renda Irlandesa”. Mas não se pode enxergar tal ato apenas como patrimônio imaterial, mas também material. Pois essas técnicas resultam um objeto que é fruto dessa cultura, ou seja, patrimônio material.
Mas esse oficio é gerado por seres humanos de geração a geração. Consequentemente sofreu e ainda sofre mudanças com o passar do tempo. No caso da renda Irlandesa atualmente, os responsáveis pela técnica que produz essa cultura são as mulheres humildes e todos aqueles que usufruem de tal produto.
O ser humano se apropria de costumes que lhe fazem algum sentido, que lhe traz significados. Mas, não somo uma máquina de fotocópia, que nos apropriamos de algo exatamente com sempre foi. Estamos sempre em mudanças, reinterpretando o mundo a nossa volta através de pensamentos e idéias que se modificam na sociedade com o passar do tempo.
Tais mudanças são refletidas nas ações como a técnica usada para “A Renda Irlandesa”. Pois dede sua origem seus saberes-fazeres do ofício foram reinventados pelas necessidades com a reinterpretação do mundo e troca de conhecimentos com outras culturas.
Portanto, como na Renda irlandesa, como em qualquer outra manifestação cultural imaterial, desde sempre sofre mudanças. Tais mudanças fazem parte de nossa cultura, pois não somos máquinas que devem obedecer a determinado comando. Temos sentimentos que nos move.

Raquel Anne
Aluna do Curso de Licenciatura em  História da UFS

CONTINUIDADE E IMPORTÂNCIA DE UMA ARTE SINGULAR


Patrimônio Cultural Imaterial são os modos de criar ou saber fazer, as formas de expressar celebrações, lendas, músicas, costumes, culinária, festas populares, conhecimentos e técnicas, que são transmitidas de geração em geração e são constantemente recriados pelos grupos e comunidades em função do meio em que se vive, gerando um sentimento de identidade e continuidade. Desta forma contribuem para promover o respeito à diversidade cultural e a criatividade das expressões humanas.
Contudo, o Patrimônio Cultural Imaterial de um povo tem grande importância, pois fortalece os elos de uma corrente cultural. As Rendas Irlandesas produzidas pelas rendeiras da cidade de Divina Pastora em Sergipe são um exemplo disso. Ciente da importância dessa arte de fazer a renda e toda a complexidade envolvida, como também a importância e influência que esse artesanato tem no modo de vida da comunidade, receberam o título de Patrimônio Cultural do Brasil, sendo conferido pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Iphan.
Todavia, quais as vantagens de tal tombamento? As rendeiras de Divina Pastora  adquiriram esse título devido seus conhecimentos, aumentando assim a auto-estima e, através da transmissão do conhecimento, as futuras gerações se apropriarão deste modo de confecção da Renda Irlandesa, não correndo o risco desse precioso processo produtivo desaparecer.
Portanto, com o tombamento há uma tentativa de garantia da sobrevivência das rendeiras a partir da divulgação e reconhecimento da importância da atividade como genuinamente brasileira. Entretanto, faz-se necessário o reconhecimento desse Patrimônio Cultural Imaterial pelos gestores públicos e pela comunidade  de forma a valorizar ainda mais esse artesanato, criando melhores condições para as rendeiras de Divida Pastora continuarem essa singular forma de trabalho.
Izabel Cristina Monteiro
Aluna do Curso de Licenciatura em História da UFS
 

O PATRIMONIO TAMBEM É SEU


Patrimônio histórico e cultural são bens materiais e imateriais deixados pelas gerações passadas e que expressa representatividade, simbologia para uma sociedade, pois remete memórias coletivas ou individuais de algo que aconteceu no passado ou que acontece no presente.
Mas a sociedade capitalista contemporânea vive uma crise de identidade tão intensa veiculada pelos meios de comunicação que sentem dificuldade de se reconhecer pertencente a uma cultura local. E onde está a sociedade da informação que vive se preocupando em captar e vivenciar o que acontece no mundo, que não se interessa em conhecer e praticar o que esta tão perto, e que foi deixado como herança por outros povos.
O individuo não é obrigado a aceitar a cultura do outro, mas deve respeitá-la, e para respeitar é necessário conhecer, mesmo por que como posso declarar que pertenço a uma cultura se não a conheço? É preciso conhecer para se identificar.
É notório que a falta de conservação que vem acontecendo por parte da sociedade com o Patrimônio Cultural e Histórico tem permitido a destruição desses bens culturais.
  No entanto, para que esta preservação seja efetuada os poderes públicos e privados precisam criar e implementar políticas publicas  que incentivem  a conservação do patrimônio cultural como sendo um ato de cidadania, partindo dos pressupostos, o que preservar, como preservar  e para que preservar. Buscando desenvolver no cidadão a consciência de cuidar do patrimônio sociocultural, pois ele revela um conjunto de sentimentos, emoções, comportamentos, costumes, crenças de um grupo social. Dessa forma, desperta o sentimento de pertença por tudo aquilo que expressa à identidade de um povo, e o sujeito senti-se parte integrante dos patrimônios culturais existentes, procurando perpetuar-los para as gerações futuras.
Pois se não houver a conservação, o patrimônio cultural desaparecera com o tempo, e a sociedade estará fadada a perder parte da sua historia representadas pelas memórias sociais. Não podemos esquecer que o patrimônio é de todos.
Joseilde de Santana Santos
Aluna do Curso de Licenciatura em História da UFS e Professora da Rede Pública Estadual de Sergipe.