domingo, 29 de janeiro de 2012

Bens Culturais: a Preservação é a Chave para não Deixar Morrer a Memória de um Povo

   O bem cultural proporciona ao ser humano, a ter conhecimento e consciência de se e do mundo que o cerca. Os bens culturais passaram a ser classificados em bens culturais e bens não culturais, os bens culturais, eram vistos como os objetos, aqueles que podem ser tocados; os bens não culturais eram compreendidos como cultura popular e estavam associadas às camadas menos elitizadas da sociedade. Essa divisão de conceito começou ser repensado nos anos 70 do século XX, quando consultores da UNESCO iniciaram diversas discussões realizadas em congressos e em encontro de alcance internacional e aprofundaram a ampliação do conceito de patrimônio histórico.
   Os bens culturais são memórias, costumes, tradições e crenças; ou seja, tudo que retrata o passado e o presente de uma comunidade ou nação, seja ele patrimônio material ou imaterial. Os bens culturais devem ser preservados, a fim de guardar as memórias de um povo, seja ela negra, branca ou indígena, tudo que traga para o presente o registro de costumes de culturas de um passado remoto. Bens culturais devem ser preservados, para que as futuras gerações tenham conhecimento do seio que pertencem, eles nos permite conhecer nossas origens, pois é o bem cultural que distingue uma sociedade da outra, pois é através dessas lembranças materiais e imateriais que conhecemos nossas origens.
Todo individuo deve procurar conhecer a história de sua terra, os costumes que cercam seu povo, suas tradições as manifestações religiosas, para que esses costumes tão diversos e instintos dos demais não morram perdidos no tempo sem que traga para os descendentes conhecimentos de sua história. Ninguém pode dizer que conhece um pouco da história da humanidade sem antes conhecer seu pequeno universo, que traz informações preciosíssima de quem é você e o que fizeram seus antepassados. A preservação sem dúvida é a chave para não deixar a história de um povo perdido no tempo passado, a exemplo disso, temos as várias aldeias do Xingu, que são no total mais de 30, que os irmãos Villas Bôas tiveram a missão de não deixar aquele povo perder sua cultura, seus costumes e crenças, que estavam ameaçados pelos “brancos”, dai surgiu o parque indígena do Xingu, com a finalidade de proteger aqueles povos e suas terras, mais uma vez da ambição do homem “branco” que colocava toda a riqueza cultural dos povos indígenas do Xingu em grande risco de ser disseminado.
   A preservação dos bens culturais, indígena, branco ou negro deve partir não apenas daqueles pequenos núcleos de comunidades, mas de toda a nação, pois a capoeira do negro, o toré do índio e o modo de ser dos brancos e suas criações monumentais são retratos de um país de culturas e tradições distintas, porém todas com seu valor histórico a ser respeitado, conhecido e preservado. Vou me valer de uma frase que Aloisio Magalhães gostava de dizer “A cultura brasileira não é eliminatória é somatória”.
   Por fim chego á conclusão que bens culturais, preservação e identidade cultural estão entrelaçados. Os bens culturais são tudo que se pode conhecer como registro do passado ou tradições que se cultiva no presente, seja de forma material como os artefatos ou imaterial como as músicas as manifestações populares. A preservação é a melhor maneira de não deixar a riqueza cultural de um povo se perder no tempo; pois é através dos bens culturais que se conhece a identidade cultural de cada individuo, seja ele branco, negro ou indígena.

Ianara Apolônio Rosa (Curso de Licenciatura em História à Distância - Pólo de Porto da Folha-SE - CESAD-UFS)

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