domingo, 29 de janeiro de 2012

PRAÇA DO AMPARO: BEM CULTURAL PROTEÇÃO E PERSERVAÇÃO

    Evânio Oliveira Andrade (Curso de Licenciatura em História à Distância - Pólo de Japaratuba - CESAD-UFS-2011) 

  A memória é uma forma de recuperarmos o passado. Ela representa, antes de qualquer coisa, uma experiência humana revelada por meio de lembranças seletivas que temos de pessoas, lugares e coisas que, de alguma maneira encontram-se gravadas em nossa mente (NUNES, 2007).
   A Praça Adroaldo Campos mais popularmente conhecida como Praça Nossa Senhora do Amparo agrega uma Igreja que leva o nome da Santa – Nossa Senhora do Amparo, com uma construção estilo barroco, com traçados urbanísticos e origem católica datada do século XVII.
   No longo de sua existência (historia) comenta-se que no local onde fora construída a praça funcionou uma forca e um riacho, onde inúmeras crueldades foram praticadas – o que levou ao povo daquela época apelar por socorro e amparo do local, daí as pessoas passou a realizar cultos e orações clamando a Nossa Senhora do Amparo o auxilio para mudanças de muitos que ali residiam. “a santa ouviu o apelo, e com o passar do tem as crueldades pareciam ter fim”, sendo assim a SANTA recebera a denominação de Padroeira da Igreja e nome do local da Praça, que fora construída naquela localidade a partir de 20 de outubro de 1841, a igreja tem estilo simbólico, as torres, tribunas, o que valoriza as características da praça. É um órgão de importância vital, pois em suas funções materiais remetem ao aspecto de vida coletiva e religiosa da população.
Prosseguindo a Praça Adroaldo Campo ou Praça Nossa Senhora do Amparo abriga ainda em sua arquitetura espaçosa o hospital São Pedro de Alcântara, dois postos de gasolina, um antigo orfanato que hoje serve de colégio estadual, como também inúmeras arvores – algumas centenárias, que completam a beleza arquitetônica, com o seu calçadão todo em pedras portuguesa no centro da praça. De fato seu poder estar na memória, é um espaço privilegiado que recebe inúmeras pessoas, oferecendo lazer, religião,saúde e bem estar, é considerada como a maior praça do município de Capela, chamando atenção de todos que a freqüentam pela existência de grandes arvores prevalecendo assim a preservação do meio ambiente.
   A história da Praça Adroaldo Campos e\ou Nossa Senhora do Amparo remetem alguns fatos da vida local o que rememora a data forte da historia dos capelenses, sua existência tem um meio cultural de importância há mais de duas décadas por ser o único espaço capaz de comportar um grande números de pessoas – capelenses e visitantes nas festividades local, quando da celebração e comemoração da festa do São Pedro – maior expressão cultural do povo capelense e conhecida há mais de 50 anos nacionalmente.
  É por essa e outras razões apresentadas que se faz necessário o tombamento da referida praça nos teores da legislação vigente e aplicada ao TOMBAMENTO, o que se torna algo importante na vida dos capelenses em alcançar o titulo da candidatura da praça como Patrimônio Artístico e Histórico Nacional, a importância dela como centro histórico ganharia peso e repercussão nacional, e conseqüentemente orgulho para os sergipanos e capelenses que conservam a memória e a identidade de um bem cultural.
   O tombamento pode ter por objeto bens moveis ou imóveis quem tenham interesse cultural ou ambiental para a preservação da memória e outras referências coletivas em diversas escalas, desde uma que se refira a um município como uma em âmbito mundial. Estes bem podem ser: fotografias, livros, utensílio, ruas, praças, obras de arte, bairros, cidades etc. O bem – objeto do tombamento – Praça Adroaldo Campos e\ou Nossa Senhora do Amparo, situada no Município de Capela – Estado de Sergipe, não terá sua propriedade ou arquitetura alterada, nem precisará ser desapropriada, pelo contrario, manterá as mesmas características, seu objetivo e a proibição da destruição e da descaracterização, não havendo dessa forma, qualquer impedimento da realização das ações oferecidas pela praça, desde que continue sendo preservada a sua identidade cultural.



REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

LEMOS, Carlos A. C. O que é patrimônio histórico. 4 ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
NUNES, V. M. M. Patrimônio Cultural. São Cristovão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2007.
SIMÕES PIRES, M. C. Da proteção ao Patrimônio Cultural: o tombamento como principal instituto. Belo Horizonte: Del Rey, 1994.

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