A cultura é o que define uma nação, um povo, um grupo étnico. O patrimônio cultural de uma dessas coletividades é o que os distingue dos demais. E essa distinção não é com o intuito de ser um elemento segregatório ou uma forma velada de preconceito, mas um meio de se construir uma identidade, seja por intermédio da arte e de suas formas de criar, fazer e viver; de suas criações científicas e tecnológicas; das obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e dos conjuntos urbanos e demais sítios de valor histórico, paisagístico, arqueológico, ecológico e científico. A identificação e preservação desses bens culturais é algo tão importante para a humanidade como um todo, que foi criada a UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, órgão que visa defender esse patrimônio. E um dos principais fatores que devemos cultivar pra presevar e defender é o respeito.
A arte, a cultura, e a história fazem parte de nosso cotidiano. Monumentos, que na maioria dos casos foram construídos para servir como lembrança de eventos importantes são testemunhos da História; museus que funcionam como santuários de preservação da arte, da invenção e da ciência; construções e edificações como as cidades de Ouro Preto nas Minas Gerais ou o bairro do Pelourinho na cidade de Salvador/Bahia são sítios históricos tombados por órgãos como o IPHAN no Brasil; esses são exemplos de bens materiais já preservados. Órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional são esforços do governo para preservar a nossa identidade cultural. Criado em 1936, desde então vem resguardando nosso bens culturais.
Não só a preservação do patrimônio do passado, mas dos bens culturais presentes e futuros é o objetivo desses órgãos. Temos no Brasil uma profunda diversidade cultural, étnica, religiosa. Uma mistura de raízes genealógicas e artísticas, com influências indígenas, africanas e europeias, que resultaram em línguas, danças, crendices e superstições e todo nosso rico folclore. Festas populares são grandes demonstrações das tradições culturais como o carnaval ou o Bumba-meu-boi. Há uma intensa produção na atualidade em todos os ramos da arte: teatro; cinema; novelas e televisão em geral; livros e todo tipo de obra literária; variados estilos musicais; ou seja, uma imensa pluralidade que deve ser preservada.
Para que essa preservação se efetive, não deve ser um esforço em apenas uma frente, que são os órgãos governamentais, mas da sociedade como um todo. A valorização da cultura será desenvolvida concomitantemente com o reconhecimento da mesma pela população, em especial as crianças, que devem ser ensinadas pelos país e principalmente pelos educadores à entender a importância dos bens culturais. A plenitude desses valores deve se dar integralmente, respeitando os regionalismos e todas as nuances e particularidades que nossa brasilidade apresenta. Precisamos coibir o vandalismo demonstrando o valor histórico de nossos monumentos e respeitar a natureza como o nosso patrimônio ecológico. Não apenas investir na educação, mas nessa e na arte e na cultura. Conscientizar todos de que nossas diferenças devem ser nosso ponto de união, pois a busca da preservação de nossa identidade deve se dar pelo respeito às diferenças, pois são elas que fazem a força de nossa humanidade. Como diria Sócrates: “O melhor de todos os homens não é um único indivíduo, mas a união de todos nós, de tudo que sabemos e construímos, é um coletivo”.
Simone de Santana Meneses (Curso de Licenciatura em História à Distância - Pólo de São Domingos-SE - CESAD-UFS - 2011)
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