quarta-feira, 6 de junho de 2012

CONCRETIZAR MEMÓRIAS


Estabelecer vínculos afetivos é de grande relevância para uma sociedade, concretizar memórias põe em evidencia sua identidade como também sua herança, seja política, cultural ou étnica. Colocar em um monumento parte de sua política é eternizar esses sentimentos, implantar uma ponte do passado com o futuro para a cada dia torna-se mais presente.
    Vincular ativamente é estar sempre ligado a uma história, pois a sociedade é feita de acontecimentos que marcam seu tempo como também o interesse individual. Assim estabelecendo uma relação e dependência de perde-se de si mesmo.
     A herança é apenas o conceito para essa identidade é a forma de estar em sua própria memória e assim dissipar suas regras culturais, é fixar seus costumes, pois com o surgimento da tecnologia põem-se de lado os valores produzidos de forma rústica e representativa.
     O monumento é apenas a forma de eternizar historias, pois uma igreja pode ter valor não só histórico mais também de cunho sentimental para seus fieis, mas o crescimento das cidades pode impor demolições para uso imobiliário ou o descaso por parte de órgãos estatais deixar a memória material vir a cair deixando a sociedade sem uma representação.
     Portanto é preciso manter esta concretização memorial, pois só assim os descendentes de sociedade poderão ter como ícone sua própria cultura, criando vínculos com sua comunidade e consigo mesmo sendo que os monumentos sejam uma das formas, fazendo que as identidades sejam lembradas.

Rosemária de Jesus Santana (Discente do Curso de Licenciatura em História da UFS - História e Patrimônio Cultural - 2012.1)

A materialidade da Cultura


O Patrimônio Cultural é o arcabouço de coisas que nos representam e ao qual temos uma identidade, todo o conjunto de bens culturais que possuem uma materialidade, denominamos Patrimônio Cultural Material, a maioria dos objetos dessa categoria, se referem à igrejas, prédios, objetos de uso pessoal e coletivo que representam determinado tempo.
O reconhecimento de um objeto como detentor de um valor patrimonial, depende de como as pessoas se identificam com o mesmo, ou seja, possui valor afetivo, sentimento de pertença. Onde não há um sentimento identitário, para com um bem cultural, pode ocorrer o desprezo por parte da população e consequentemente a perda de algo significativo da cultura de determinado povo.
A proteção de bens culturais acontece por vias legais, mas é de extrema importância que o povo faça seu papel, contribuindo assim para que as gerações futuras tenham acesso à cultura, que se materializa nesses artefatos. O tombamento não assegura proteção total do bem tombado, o patrimônio material deve ter uma função social para que este possa continuara existindo.
É urgente que se crie uma consciência patrimonial, para que toda produção cultural significativa seja perpetuada e sirva como símbolo do fazer humano ao qual chamamos de Cultura.


Wendel Salvador Santos 
(Estudante de Artes Visuais-Lic/UFS - Discente da Disciplina História e Patrimônio Cultural - DHI/UFS - 2012.1)